Quem nunca deu uma escorregada, gastou mais do que podia no cartão de crédito ou se comprometeu com um parcelamento que estava um pouco fora do orçamento?
A maioria de nós já teve uma das experiências acima. Alguns aprenderam e mudaram, outros não.
O papel da dor emocional na mudança de comportamento
A diferença que separa bons aprendizes, de pessoas que recorrentemente cometem os mesmos erros, é a sensibilidade à “dor”. Dor por haver contrariado algum princípio, alguma meta pessoal.
Mas o contrário, quando não se tem objetivos ou objetivos claros, metas não sustentadas por motivos racionais e por sentimentos importantes, não há como aprender com a dor. Qualquer percepção após o erro será contornada por desculpas, como quando compramos pela emoção e depois justificamos racionalmente para não nos sentirmos tolos (e nos tornamos exatamente por agir desse modo).
E assim, se a contrariedade de objetivo não causa nenhum sofrimento, a pessoa continuará errando.
Então um bom recurso de coaching para o problema do descontrole financeiro pessoal, repousa sobre o Rapid Planning Method, ou RPM, do coach Tony Robbins.
O método de Tony Robbins não ensina a ter uma atitude positiva para curar o sofrimento depois que o coachee age erradamente, mas ensina a não abandonar o objetivo de autocontrole financeiro, pois a melhor forma de não se arrepender de uma ação, é não fazendo-a.
RPM na prática do Planejamento Financeiro
Com uma exploração profundamente racional, o método consiste em perguntas simples que precisam ser repetidas e lembradas pelo coachee. Confira-as abaixo com palavras originais do Robbins e com interpretação minha:
1. Qual é o resultado que espero?
“E a pergunta a se fazer é: qual o meu resultado? (…) RPM, a primeira palavra é para fazer você se focar no alvo, não na atividade. Você precisa saber o que quer. E isso com clareza, pois clareza é poder! Mas se você diz coisas genéricas do tipo:
– Eu quero mais dinheiro.
– Então, toma aqui o seu dólar e cai fora.
– Conseguiu o seu resultado?”, exemplifica Tony Robbins.
2. “E depois de pensar sobre o resultado que quero obter, a pergunta que eu faço é: ‘Por quê’?
(…) ‘Por quê’ ao invés de ‘como’. Por quê fazer isso, qual o propósito disso. O propósito é mais poderoso que o objeto.”
Pois perceba que propósito está de modo intrínseco, conectado a sentimentos de honra, respeito, altruísmo, responsabilidade e fé. Enquanto que metas materiais tendem a não ser resistentes à contrariedade e reveses, e se alcançados, perdem o significado depois de um tempo.
Então, para aplicar isso à vida financeira, será mais eficaz não gastar porque deseja tranquilidade, do que por simplesmente ter o dever de economizar.
“80% do sucesso é o ‘por quê’ e 20% é o ‘como’. Se existe um grande ‘por quê’, as pessoas dão um jeito de fazer”, finaliza Tony Robbins.
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Não existe fórmula mágica para aumentar os zeros da conta bancária, contudo, um coach pode ajudar a retomada do controle da vida financeira.
Esclarecendo o Coaching financeiro
Ao contrário do que muitos podem pensar, o coach financeiro não objetiva tomar o espaço de atuação de profissionais como contadores.
Se tivermos em mente que a função conceito do Coaching é de colaboração, de aumentar alternativas e possibilitar testes de soluções aos coachees para que estes consigam sua independência financeira, não haverá confusão de funções.
Nenhum profissional dessa área vai planejar pelo coachee, mas irá dar as ferramentas e empoderá-lo a respeito do próprio papel sobre sua vida financeira.
Como um coach financeiro pode ajudar
O coach financeiro tem a experiência acumulada de inúmeros cases de indivíduos e até mesmo de empresas. Sendo assim, ele pode ser o profissional certo para organizar finanças.
Qualquer pessoa que esteja em apuros financeiros pode obter ajuda, seja pela similaridade com situações financeiras de outros indivíduos que ele já ajudou ou mesmo pelos insights únicos provenientes da experiência.
A primeira reflexão será justamente sobre a relação do coachee com o dinheiro.
Somente através de uma profunda análise sobre crenças financeiras é que a causa do problema pode ser identificada. E nesse ponto, de fato, só um coach financeiro pode fazer a diferença.
Método aplicado ao planejamento financeiro
Note que não se trata de dicas, mas sim de uma avaliação fundada em análise comportamental sobre como as pessoas lidam com os assuntos dinheiro, prosperidade, sucesso etc.
No fim, se obtém ajuda para determinar os objetivos financeiros, os “por quês” e a mudança de comportamento vai surgindo e encorajando mais progresso. Tudo através deste facilitador que é o coach financeiro. Ele poderá usar não apenas o RPM, mas diversas outras técnicas.
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