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Como se motivar de acordo com a ciência

Ao compreender motivação, a constatação à qual chegamos é de que palestras travestidas de Coaching nada têm a ver com ciência, mas com técnicas de vendas… para vender cursos. Afinal, como se motivar de acordo com a ciência?

Apesar de compelidos a gastarmos mais e mais, contrariamente, todos temos em mente que não podemos gastar mais do que recebemos, por uma razão muito clara à nossa percepção – é uma questão de sobrevivência e dignidade manter o saldo positivo.

Ter as contas pagas pontualmente e meios suficientes para dar à família qualidade de vida é condição meta de pessoas comuns, e sua motivação tem amparo na Psicologia Positiva, que sim, tem a ver com felicidade, pois ninguém é feliz vendo boletos se acumulando e juros crescendo em seu desfavor.

Acomodação e suas causas

E o motivo que explica algumas pessoas tenderem a continuar com as mesmas dificuldades, sugere um estado de baixa autoestima e acomodação. E uma tem muita chance de ser causa da outra.

De qualquer modo, as causas de uma vida vivida “em apertos” parasitam sobre crenças negativas que as pessoas possuem sobre si mesmas e sobre dinheiro. Tais crenças impedem que mudanças aconteçam.

No entanto, mesmo que resultados sejam garantidos com um grau de empenho particular, ou seja, no nível que dá os resultados que cada pessoa espera, algumas destas, ainda assim, não conseguem se desafiar a sair da zona de conforto.

Isso é causado pelo desconhecimento de métodos de automotivação (não me refiro a palestras emotivas, que estão tomando nome de Coaching), que são os fatores-mor para solução do problema da procrastinação.

Como surge a Automotivação

Parte dessa automotivação não consiste em ações, mas nascem em reflexões. Para isso, o Coaching identifica três fontes principais de pensamentos de resistência para fazer as coisas. As Veja:

O primeiro pensamento resistente à motivação, sussurra “Eu preciso” e nos faz ver tarefas importantes para nosso sucesso como obrigações, ao invés de prazerosas ou parte de um processo que nos trará liberdade e satisfação no futuro.

O segundo é “Não me sinto bem com isso”, quando uma tarefa contraria algum valor ou crença, ele tende a fazer a tentativa de produzir, fracassar.

E finalmente a terceira resistência, mas compreendida facilmente como crença limitante diz para você mesmo “Não posso fazer isso”, e quando você se sente desigual em uma tarefa, pode ser muito difícil começar, ou, terminar.

O sentimento de que você certamente falhará ou que não sabe como começar fará com que qualquer distração pareça infinitamente mais interessante que a tarefa em si, segundo Sujan Patel, para a revista online da Forbes Internacional.

Todos esses pensamentos conflitam com as ambições e por isso diminuem a motivação. É preciso autoconhecimento e estar atento ao que se costuma dizer para si mesmo e modificar palavras a qualquer custo.

Mudança de motivos também é essencial. Podemos evitar as dívidas ruins porque simplesmente não queremos dever, ou, porque desejamos não perder possibilidades de realizar mais ou, ainda, porque queremos usar as dívidas de forma positiva, como um empréstimo para investir.

Além de identificar as causas da ausência ou dificuldade de motivação, o Coaching auxilia com diversas técnicas, entre elas o básico é o processo de mudança de pensamento, mas destaco um recurso muito eficiente contra a inclinação natural de adiar, “A Regra dos 5 Segundos”, descoberta pela pesquisadora Mel Robbins e materializado no livro The 5 Second Rule: Transform your Life, Work, and Confidence with Everyday Courage. Essa regra, quando bem aplicada, impede que se decida em favor de procrastinar, o que acontece, na maioria das vezes, em curto lapso de tempo.

Entendendo e saindo da Zona de Conforto

Também é base ter em mente a compreensão correta sobre o que é zona de conforto, que é uma rotina que diminui os níveis de estresse e mantém o cérebro em estado de preguiça.

Dessa forma, segundo os autores Robert M. Yerkes e John D. Dodson, para obter melhor performance, seria necessário enfrentar um certo nível de estresse, fenômeno conhecido por “lei de Yerkes-Dodson”.

Portanto, para quem deseja mudar resultados financeiros ou melhorar performance em qualquer outra dimensão, precisará se esforçar por um bom tempo e a um certo nível, insistindo em métodos para superar pensamentos negativos e sua tendência a “relaxar”, ou para romper impulsos como o de usar seu cartão de crédito desnecessariamente.

A lei de Yerkes-Dodson nos lembra, porém, que se o estresse ultrapassa determinado limite, a performance tende a piorar. Por isso, pequenos progressos por um período e intensidade personalizadas é o melhor caminho.

Outra razão para a diferença de níveis de motivação entre as pessoas seria biológica, e tem a ver com dopamina. Normalmente associada ao prazer, mas agora com novo entendimento da ciência sobre o seu papel na força de vontade.

Motivação e Biologia

Vanderbilt University estuda se bastam níveis altos de dopamina para influenciar positivamente a motivação, aparentemente, nos primeiros estudos sugere-se que não apenas altos níveis, mas principalmente a área cerebral a receber essas doses de dopamina.

E, para todos os efeitos, estar consciente sobre como pensamos e como devemos pensar, é a chave para realização de qualquer coisa, inclusive para não fazer outras.

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