Se existe uma coisa que todas as pessoas gostam, é de serem elogiadas; afinal receber um elogio traz bons sentimentos, aumenta o animo e nos ajuda a ter mais confiança. Mas, e então? Qual realmente é o efeito causado pelo elogio no cérebro?
Os teóricos do Behaviorismo definem o aprendizado como nada mais do que a aquisição de um novo comportamento com base nas condições ambientais, deixando a sugestão de que vícios emocionais e hábitos bons ou não, são constituídos em grande parte pelo ambiente e seus estímulos, que podem ser construtivos ou destrutivos.
As pessoas com as quais convivemos e o que recebemos delas são cruciais para nosso próprio desenvolvimento. Como uma das consequências mais graves da influência dos outros, por críticas, relacionamentos frios, ou ordens de alguém que ocupa uma posição superior, comportamentos compelidos acabam por reduzir a chance de sucesso na vida e no trabalho da pessoa à medida que reagem, em vez de se moverem propositadamente, por escolha consciente e estímulos de apreço.
Muitos que buscam as soluções do coaching pelo potencial modificador de diversos hábitos nocivos que desenvolvem ao longo da vida, experimentam um melhoramento mais lento quando não recebem estímulos na forma de elogios.
Isso é o que o psicólogo Burrhus Frederic Skinner nomeou como operantes reforçadores, ou respostas a comportamentos positivos que retroalimentam boas atitudes e criam bons hábitos.
Na prática, isso pode ser visualizado numa mentoria de coaching, na qual o coach, ao invés de apenas dizer o que o coachee precisa fazer, ele também estimula seu cliente a pensar positivamente sobre si, através de elogios sinceros sobre qualquer progresso.
No esporte, o berço do tipo mais conhecido do coaching americano e que deu nome, literalmente, à atividade, jogadores têm um desempenho incrivelmente superior quando se compara a condições de relação fria, de apenas ordens ou instruções.
“Eles devem sentir que seus treinadores ou superiores têm total confiança em sua capacidade e devem sentir que suas fraquezas são pequenas e que seus pontos fortes são muito maiores”, orienta Rick Pitino, treinador de basquete da Universidade de Louisville. E ele acrescenta: “Você faz isso por reforço positivo, certificando-se de que ninguém pense negativamente sobre si mesmo.”
Muitos profissionais concordam que um elogio estendido a alguém é um investimento nele e em sua personalidade, pois alimenta uma maior expressão do seu potencial e gera esperança e autoconfiança.
Mas, se por um lado o elogio faz tão bem ao receptor, quem decide tirar o foco de si, para centrar os outros, pode experimentar um enriquecimento extraordinário em seus relacionamentos pessoais e profissionais, motivando ações de utilidade, cooperação e fortalecendo a confiança mútua, além de inspirar você a explorar outras perspectivas ao buscar motivos para elogiar alguém.
Embora as pessoas gostem de receber elogios, nem todas tem o hábito de elogiar. Quer ver um exemplo? Você costuma elogiar as pessoas? A maioria até pensa em elogiar quando está grato por algo, mas não consegue externar este sentimento, seja por timidez ou falta de costume. Por isso, está na hora de começar a aprender a elogiar mais.
Para começar a identificar e adotar o hábito de elogiar, comece ajustando seu foco de crítico, negativo, excêntrico para mais empático, positivo e resiliente, pois talvez você vá precisar se esforçar para encontrar uma qualidade no seu receptor (em muitas das vezes). E lembre-se da prática de autocoaching. Elogie-se mais. O efeito causado pelo elogio no cérebro é poderoso!
2 Responses
Sou a Rebeca Gomes, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.
Obrigado Rebeca, é sempre um prazer poder compartilhar conteúdo relevante com nossos amigos!